domingo, 9 de setembro de 2012

Puxa que sorte, foi por acaso



Um Acaso, um Domingo Qualquer


(Matéria de minha autoria publicada no Jornal de Bairro O Vila Mariana Setembro de 2012 - Edição nº 5)

Escrevo aqui nesta coluna por conta de alguns “acasos”.
Antes de iniciar este texto e diante de meu computador resolvi pesquisar o significado da palavra acaso. Veja o que encontrei:

Acaso (do latim a casu, sem causa) é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente. Fato imprevisto. Sorte. Destino.
... A palavra acaso tem três sentidos diferentes:
...algo sem causa final...Neste sentido, o acaso, filosoficamente entendido, se opõe à teleologia.
...Algo que acontece sem ser consequência de algo passado... Neste sentido, o acaso, filosoficamente entendido, se opõe ao pré-determinismo.
...Algo que acontece sem ser explicado por nenhuma relação com outra(s) coisa(s), nem simultânea(s) nem precedente(s), Neste sentido, o acaso, filosoficamente entendido, se opõe ao determinismo.
Origem: Wikipédia.

Complexo, não é? Nem vou entrar no mérito da questão se acaso, é destino ou não, se estava escrito nas estrelas, se é coisa Divina, se é um encadear de fatos, algumas vezes esquecidos... Enfim, se “acasos” existem ou não.
Viver um “acaso” é muito mais simples, não é?
Quem já não usou os termos: “Puxa que sorte, foi por acaso” ou “Estava no lugar certo na hora certa”.

Então, voltando ao meu domingo.
Estava eu tomando meu cafezinho dominical no Restaurante As Mineiras (Rua França Pinto, 965) quando quando vi uma “figura” repondo o jornal  “O Vila Mariana” na gôndola.
Me chamou a atenção porque algumas semanas atrás, no Bar Assembléia (Rua Tumiaru 98), em outro acaso, conversei com um senhor que fazia referências ao mesmo jornal.
Corri ao encalso e lhe perguntei: - “O que o senhor é do Jornal”. Forma estranha de se abordar uma pessoa, não é?
Hesitante me respondeu: - “Sou o dono!”.
- “Ah que bacana”, exclamei.  E logo fui me apresentando.
- “Eu sou Nadia Saad, ceramista, e tenho um ateliê aqui pertinho, na Rua São Paulino, 248. Li algumas matérias em seu jornal e gostei muito. O senhor não gostaria de comhecer meu espaço. Sempre tenho muito a dizer”.
Imediatamente ele me estendeu a mão e se apresentou: - “Muito prazer eu sou o Heber. Claro, ligarei para a ‘senhora’ para agendarmos uma reunião”.
E assim nos separamos.

O tempo passou e o assunto sumiu de meu cérebro.
Um  belo dia recebo uma ligação e logo reconheci a voz de Heber.
Encontro marcado. Heber chega a meu ateliê.
Na visita de meu show-room o seu encantamento era claro. Desenvovelmos muitas idéias, propusemos pequenos projetos. Conversamos longamente e aqui estou, escrevendo esta coluna.

Heber é um artista e como tal investe no que acredita. Com um trabalho de “formiguinha” e com muitas idéias criativas está fazendo seu jornal crescer. É um jornal que já existe há 3 gerações. Foi fundado pelo seu avô.

Se eu tomar gosto pelo ofício e o hábito persistir, passarei e ser uma colaboradora mais assídua   deste jornal.

Aí é que está a beleza de um acaso. Está aberto um espaço onde poderei contar de outros acasos de minha vida, sketch (veja só, já estou até “falando” difícil) de minhas viagens, entrevistas com “gente bacana”, reflexões...

Que liberdade, não é.
Resolvi enviar ao Heber algumas fotos de meus trabalhos para serem publicadas para me apresentar melhor. Trabalhos artístico são muito reveladores. Melhor do que 1.000.000 de palavras.
Vamos ver o que o futuro e novos “acasos” nos preparam.

Um comentário:

Elisabeth disse...

Que formidável!!!! Adorei este "Acaso"!! Logo, logo além de ceramista, vamos ter, também, uma jornalista!! Parabéns Nadia, que seja o início de um futuro promissor, quem sabe um livro?!
Elisabeth Ruivo