O 1º Encontro Internacional de Ceramistas
USP
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Foi um evento arrojado e inovador.
Fiquei surpresa com a proposta.
Em 4 dias de duração do evento, alternavam-se palestras
e demonstrações da execução do trabalho pelos artistas convidados.
e demonstrações da execução do trabalho pelos artistas convidados.
Gente de peso.
Em 5 mesas e um torno elétrico montados no palco do auditório os artista desenvolviam seus projetos na nossa frente
É quase indescritível o sentimento gerado ao vê-los trabalhando naquelas mesas.
Tudo muito simples mas comovente.


Interagi bastante com a maioria dos convidados e aqui vão algumas de minhas impressões.
Infelizmente para mim, não tive “tempo emocional” suficiente para me aproximar de todos.
Claro, as fotos que estão publicadas não são minhas. Novamente me deparo com a dificuldade de sair do turbilhão de emoções para tirar fotos.
Elas foram gentilmente cedidas pelos participantes mais hábeis do que eu nesse quesito. Seguem os linkes originários, vale uma visita:
Esse é um assunto que venho me interessando há algum tempo. Estou prestes a fazer minha primeira experiância com a matéria. Além disso colocou bem claramente a sua inserção política através da cerâmcia. Bastante interessante como processo e como modelo.

De origem chinesa Jackson fazia demosntração ao torno. Mas o que mais me atraiu em Jackson Li foi sua demonstração na construção de ferramentas com materias coletados ali mesmo no campus USP. No meu entender criou um espaço mais democrático para a cerâmica. Com certeza passarei essas informações para o pessoal do Projeto Parapuan e para todo mundo que eu puder.
Gostei muito de vê-lo trabalhar. Sempre improvisando e criando. Sua liberdade é encantadora. Para ele a “imaginação é inspirada pela matéria nas suas qualidades e pontencialidades de energia”. Fez “misérias” com uma “carinha” de madeira comprada na China, para onde vai com freqüência. Foi tão bom me ver refletida nessa metodologia.
Genial o cruzamento de técnicas de setores industriais diferentes. Me deu muita vontade de experimentar essa técnica. São Desenhos entalhados com areia a pressão. Ele usa jato de areia, próprio para vidro, para fazer relevos em suas cerâmicas usando como máscara um recorte em vinil auto-adesivo feito por um ploter e um computador.
Nathan Lynch
Uma graça de pessoa. Inteligente, criativo, espontâneo. Ele é escultor e artista de performance. O trabalho dele lida com as questões de orgulho, masculinidade, coragem, posicionamento político, tudo com respeito e humor.

Uma graça de pessoa. Inteligente, criativo, espontâneo. Ele é escultor e artista de performance. O trabalho dele lida com as questões de orgulho, masculinidade, coragem, posicionamento político, tudo com respeito e humor.
Philippe apresentou a inteligentíssima técnica de tirar da forma a peça já esmaltada. Ouvir seu relato de como chegou nesse resultado foi fantástico. Partiu da economia de energias (preguiça, meio ambiente) e chegou lá. Na minha experiência criativa com a cerâmica, sempre foi o desafio da matéria a fonte inspiradora de minha criação. Depois de ver o relato de Philippe Barde, passei a me sentir mais à vontade com a questão da escolha dos caminhos criativos.

Foi um dos “fundadores” do centro de cerâmica em Cunha. Hoje em dia ele mora no Japão. O tema de sua palestra era: Busca pela Beleza da Cerâmica ~ o potencial do esmalte. Trouxe em sua mala testes da pesquisa que realiza na busca de efeitos ancestrais e tradicionais de esmaltes com ferro.


Fascinante. Um exemplo de liberdade do olhar. Inspirador e instigante. O que mais me marcou foi esta aparente contradição entre a pessoa que ela aparenta, calma, quieta intorvertida e quase idosa, e seu trabalho tão exuberante, extrovertido e liberto.
Foi muito importante dar espaço ao Rodrigo para apresentar o conceito do Bando de Barro. Considero o Bando de Barro uma iniciativa bastante corajosa, generosa e agregadora sem se perder de vista a individualidade de cada um. Nas palavras de Rodrigo o Bando é "uma experiência coletiva criadora"; lida com "relações, tensões e interesses entre o coletivo e suas individualidades (o eu e o nós); além de ser uma "experiência coletiva como construção de conhecimento e sua relação com o ensino na universidade"
Por ser um “Bando”, a individualidade pode coexistir. O Bando de Barro sempre me dá a esperança de um dia abraçarmos o Brasil através da cerâmica. Gosto de me apresentar como “Bandoleira Sucursal São Paulo”.
Por ser um “Bando”, a individualidade pode coexistir. O Bando de Barro sempre me dá a esperança de um dia abraçarmos o Brasil através da cerâmica. Gosto de me apresentar como “Bandoleira Sucursal São Paulo”.
Imaginem só, vivendo tudo isso, mais todos os encontros , contatos, afetos e desdobramentos que esse evento proporcionou...
Um turbilhão de emoções!
Agradeço a coragem da professora e coordenadora do evento, mestre e doutora em arte pela USP Norma Grinberg, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, e toda sua equipe, ao Grupo Terra de Pesquisa, coordenado por ela, e que conta com a participação das professoras Sílvia Tagusagawa, também da ECA, e Cristiane Aun Bertoldi, da FAU, pela realização deste encontro.
Segundo Norma, e no que eu concordo, “o ponto forte do encontro foi o intercâmbio cultural”. A organização estava impecável.
Parabéns!
2 comentários:
Nádia que maravilha de reportagem... muito importante para as pessoas que assim como eu (e com muita tristeza) não puderam estar presentes nesse grandioso evento.
Acho que já te disse, mas quero reforçar aqui, seu blog está excelente!!! Beijos
Parabéns pela belíssima matéria sobre o encontro, Nádia. Ela é um presente para nós que não pudemos estar presentes. Obrigado e tudo de bom.
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