domingo, 4 de novembro de 2012

Planetas que Viraram Pratos

Matéria de minha autoria publicada na Revista Tempo Cerâmica edição de novembro de 2012

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Passo a Passo

Aqui está um vídeo Passo a Passo. Uma iniciativa da TRIARTE.
Claro, sei que não sou atriz, mas adorei passar por mais esta experiência.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

De Artista e de Louco todo mundo tem um pouco


Banditi dell’ Arte

Matéria de minha autoria publicada na 6ª edição do Jornal O Vila Mariana
Em minha última viagem à Paris, visitei uma exposição que já pelo título me chamou a atenção: Banditi dell’ Arte (Bandidos da Arte).

Esta exposição, concebida na Itália, está dividida em duas partes. No primeiro andar estão expostos os trabalhos de pacientes internados em manicômios italianos do fim do século XIX. Estes trabalho são de uma época em que pouco se sabia sobre a arte como ferramenta de suporte para pessoas com problemas psiquiátricos.

E no segundo andar estão trabalhos de pessoas autodidatas e de prisioneiros condenados, já nos meados do século XX.
A força daqueles trabalhos me impressionou. Capturou toda a minha atenção e fez meu imaginário “navegar” por mundos extraordinários.  Imediatamente me senti atraída pela obras expostas sem saber muito bem por que.
Elas falam através de uma linguagem primordial e direta, acessível a todos. É desnecessário o esforço intelectual para compreendê-las. Elas nos impressionam, não só pelo aspecto estético, mas também pela simplicidade da expressão que se contrapõe à intensidade e exuberância como nos tocam.
São obras de pessoas que representam o seu universo particular de forma muito pessoal e distanciada dos padrões habituais ou de instituições culturais reconhecidas. Todas inusitadas e muitas de dimensões monumentais.


É visível que nada foi impedimento para a realização daqueles trabalhos. Qualquer suporte disponível se prestava para a expressão daquela explosão. O material recuperado – papel de embalagem, papel de jornal, papel higiênico, os muros da instituição, ossos bovinos conseguidos na cozinha e habilmente esculpidos com ferramentas criadas através de pequenos pedaços de metal encontrados. Restos de tecidos, fios pacientemente desfiados de toalhas, sucatas, tudo é passível de ser usado. Ver aquela exposição gera um sentimento libertário.

Visões de um mundo novo: todo realizado com ossos esculpidos manualmente,
não contém cola ou parafusos. Tudo é unido através de encaixes.


Por apresentar esta qualidade “marginal”, por muito tempo, este tipo de trabalho não foi considerado um trabalho de ARTE. Era tido como um trabalho amador.
Somente nos idos de 1940 o artista plástico Dubufet deu a este tipo do fazer artístico o nome de Arte Bruta.
Arte Bruta é constituída pelos trabalhos produzidos por pessoas  “ignorantes” da tradição, indiferentes às críticas. Seus criadores são os únicos destinatários de suas obras. Os criadores de Arte Bruta agem por instinto, por impulso, pouco se importando se serão vistas, se carregam algum sentido, e muito menos se serão apreciadas. São expressões libertas de qualquer julgamento.

Sendo assim, fazer arte não depende de um dom. Mas antes de uma necessidade interna. Depende sim de um pouco de coragem para se “abrir um caminho” fechado por preconceitos, medos, e resistências. O exercício da construção destas veredas para que os nossos conteúdos encontrem a luz é libertário. O confronto entre o nosso imaginário, ainda desconhecido e invisível, e a sua materialização no mundo visível através de formas, palavras, linhas, traz à tona a riqueza daquilo que nos constitui. Ao ampliar nossos limites e contornos ganhamos uma confiança maior de nós mesmos.
Tornar visível o sensível invisível nos configura, nos molda


- “A arte não precisa, necessariamente, ser para, não se volta para uma finalidade específica, mas se oferece como trajeto, como mediadora, como diálogo e como uma das linguagens que experimenta simbolizar a experiência humana, inclusive aquilo que às vezes parece não dar certo”.

POIS ENTÃO, É SIMPLES: FAÇAMOS ARTE.

Nadia Saad
nadiasaadsp@yahoo.com.br

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Depois de “botar a casa em ordem”

Depois de uma parada para “botar a casa em ordem”, volto ao trabalho, em meu ateliê.
Com idéias novas e mais provocações.
Estas fotos mostram a maestria de Júnior, oleiro com quem trabalho há muitos anos.

Até parece que ele tem dificuldade em centrar a peça.
As aparências enganam.
Contei a ele algumas idéias e juntos estamos "inventando" essa nova forma de tornear.
Queremos “criar efeitos especiais”,  provocando defeitos e descentrando a peça.
Tudo isso porque decidi encontrar uma forma de controlar as deformações e os entortamentos que acontecem nos totens durante a execução do trabalho com uma secagem forçada.
Já tenho uma série de 10 totens cada um com um “truque” diferente.
Só depois de queimados terei uma idéia deste novo estudo que se inicia agora.
Estou curiosa para ver o resultado final.






Gostei tanto da habilidade de Júnior que também fiz um filme caseiro para compartilhar com todos. Dupliquei a velocidade de apresentação.

domingo, 9 de setembro de 2012

Puxa que sorte, foi por acaso



Um Acaso, um Domingo Qualquer


(Matéria de minha autoria publicada no Jornal de Bairro O Vila Mariana Setembro de 2012 - Edição nº 5)

Escrevo aqui nesta coluna por conta de alguns “acasos”.
Antes de iniciar este texto e diante de meu computador resolvi pesquisar o significado da palavra acaso. Veja o que encontrei:

Acaso (do latim a casu, sem causa) é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente. Fato imprevisto. Sorte. Destino.
... A palavra acaso tem três sentidos diferentes:
...algo sem causa final...Neste sentido, o acaso, filosoficamente entendido, se opõe à teleologia.
...Algo que acontece sem ser consequência de algo passado... Neste sentido, o acaso, filosoficamente entendido, se opõe ao pré-determinismo.
...Algo que acontece sem ser explicado por nenhuma relação com outra(s) coisa(s), nem simultânea(s) nem precedente(s), Neste sentido, o acaso, filosoficamente entendido, se opõe ao determinismo.
Origem: Wikipédia.

Complexo, não é? Nem vou entrar no mérito da questão se acaso, é destino ou não, se estava escrito nas estrelas, se é coisa Divina, se é um encadear de fatos, algumas vezes esquecidos... Enfim, se “acasos” existem ou não.
Viver um “acaso” é muito mais simples, não é?
Quem já não usou os termos: “Puxa que sorte, foi por acaso” ou “Estava no lugar certo na hora certa”.

Então, voltando ao meu domingo.
Estava eu tomando meu cafezinho dominical no Restaurante As Mineiras (Rua França Pinto, 965) quando quando vi uma “figura” repondo o jornal  “O Vila Mariana” na gôndola.
Me chamou a atenção porque algumas semanas atrás, no Bar Assembléia (Rua Tumiaru 98), em outro acaso, conversei com um senhor que fazia referências ao mesmo jornal.
Corri ao encalso e lhe perguntei: - “O que o senhor é do Jornal”. Forma estranha de se abordar uma pessoa, não é?
Hesitante me respondeu: - “Sou o dono!”.
- “Ah que bacana”, exclamei.  E logo fui me apresentando.
- “Eu sou Nadia Saad, ceramista, e tenho um ateliê aqui pertinho, na Rua São Paulino, 248. Li algumas matérias em seu jornal e gostei muito. O senhor não gostaria de comhecer meu espaço. Sempre tenho muito a dizer”.
Imediatamente ele me estendeu a mão e se apresentou: - “Muito prazer eu sou o Heber. Claro, ligarei para a ‘senhora’ para agendarmos uma reunião”.
E assim nos separamos.

O tempo passou e o assunto sumiu de meu cérebro.
Um  belo dia recebo uma ligação e logo reconheci a voz de Heber.
Encontro marcado. Heber chega a meu ateliê.
Na visita de meu show-room o seu encantamento era claro. Desenvovelmos muitas idéias, propusemos pequenos projetos. Conversamos longamente e aqui estou, escrevendo esta coluna.

Heber é um artista e como tal investe no que acredita. Com um trabalho de “formiguinha” e com muitas idéias criativas está fazendo seu jornal crescer. É um jornal que já existe há 3 gerações. Foi fundado pelo seu avô.

Se eu tomar gosto pelo ofício e o hábito persistir, passarei e ser uma colaboradora mais assídua   deste jornal.

Aí é que está a beleza de um acaso. Está aberto um espaço onde poderei contar de outros acasos de minha vida, sketch (veja só, já estou até “falando” difícil) de minhas viagens, entrevistas com “gente bacana”, reflexões...

Que liberdade, não é.
Resolvi enviar ao Heber algumas fotos de meus trabalhos para serem publicadas para me apresentar melhor. Trabalhos artístico são muito reveladores. Melhor do que 1.000.000 de palavras.
Vamos ver o que o futuro e novos “acasos” nos preparam.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O Prato é Seu: uma corrente do bem através da ARTE

Sábado dia 25 de agosto aconteceu o almoço beneficente “O Prato é Seu” na Pizzaria Quintal do Bras, aqui na Vila Mariana na Rua Gandavo.

Foi uma ação para captar recursos para as atividades desenvolvidas pelo Movimento Comunitário Estrela Nova.
O Estrela Nova foi fundado oficialmente em 1984, mas as primeiras atividades aconteceram por volta de 1978. Sua sede fica no Campo Limpo e atende as famílias do Jardim Elizabete, Jardim Helga e Jardim Paris.
Por meio de uma rede de trabalhos desenvolve ações de educação, capacitação profissional, esporte, lazer, cultura, saúde e saneamento básico, com ativo envolvimento da comunidade.
Esta já é a 4ª edição deste evento.

Sua concepção é muito interessante.
Neste ano foram convidados 16 ceramistas.
Algusn dos ceramistas convidados
 A entidade entra em contato com os fornecedos de material cerâmico que doam aos ceramistas convidados o material necessário para a confecção de trinta pratos cada um. Os ceramistas, por sua vez, doam o seu “fazer”. Ao ser adquirido, o convite dá direito ao almoço e a escolha de um prato dispostos logo na entrada do restaurante. Cada prato escolhido reverte em R$ 20,00 reais para o ceramista que o elaborou no intuito de cobrir os custos da queima e outras despesas.


Logo na entrada
Forma-se assim uma “corrente do bem”. Fica muito evidente que cada um é um elo desta corrente, e está contribuindo para uma boa causa. O senso da responsabilidade social de cada um fica evidenciado.

O “start” que o Movimento Estrela Nova dá para organizar este evento desencadeia um fluxo positivo de energias. Os convidados partilham de boa comida dentro de um clima de bom astral durante o almoço. Os ceramistas divulgam seus trabalhos culminando com o objetivo principal que é promover recursos para que a entidade possa dar andamento aos seus projetos sociais.
O cardápio do almoço é simples: pizza, salada, acompanhdos de chopp ou vinho, sobremesa e café. Tudo muito gostoso e bem servido. Foi uma festa. Todos alegres compartilhando a enrgia positiva.
No ano passado a renda do almoço possibilitou o início da reforma da cozinha industrial e a despensa. A expectativa é que a renda arrecadada neste ano possibilite o término da obra.
E pelo visto, ano que vem tem mais!


Cozinha do Estrela Nova
Despensa do Estrela Nova

Carta de Agradecimentos e resultados do evento beneficente O Prato é Seu 2012


domingo, 12 de agosto de 2012

Lembrete: O Prato é Seu

O almoço beneficente lá no Quintal do Braz se aproxima: sábado 25/08/2012 das 12 às 16h.

Sempre "cabe mais um". Ainda há convites para serem vendidos.

Além do lembrete estou publicando fotos de alguns pratos que fiz especialmente para esta edição
de O Prato é Seu.

O conjunto dos pratos que levarei é formado por duas séries: a série brilhante e a série semi-fosca.

Há fotos também do verso de alguns pratos.

Como sempre digo: dentro ou fora, frente ou verso, tudo pertence ao olhar.
Este é um dos motes de meu trabalho.
No convite há imagens de pratos de todos os ceramistas convidados e mais detalhes sobre o evento.

Pratos da série semi-foscos: imagem do verso de três pratos e um de frete

Prato quadrado da série brilhante: Imagem de frente

Pratos da série brilhante: vista de frente

Pratos da série semi-fosco: vista de frente
CONVITE