Um Acaso, um Domingo Qualquer
(Matéria de minha autoria publicada no Jornal de Bairro O Vila Mariana Setembro de 2012 - Edição nº 5)
Escrevo aqui nesta coluna por conta de alguns
“acasos”.
Antes de iniciar este texto e diante de meu
computador resolvi pesquisar o significado da palavra acaso. Veja o que encontrei:
Acaso (do latim a casu, sem causa) é algo que surge ou
acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente. Fato imprevisto. Sorte.
Destino.
... A palavra
acaso tem três sentidos diferentes:
...Algo que
acontece sem ser consequência de algo passado... Neste sentido, o acaso,
filosoficamente entendido, se opõe ao pré-determinismo.
...Algo que
acontece sem ser explicado por nenhuma relação com outra(s) coisa(s), nem
simultânea(s) nem precedente(s), Neste sentido, o acaso, filosoficamente
entendido, se opõe ao determinismo.
Origem: Wikipédia.
Complexo, não é?
Nem vou entrar no mérito da questão se acaso, é destino ou não, se estava
escrito nas estrelas, se é coisa Divina, se é um encadear de fatos, algumas
vezes esquecidos... Enfim, se “acasos” existem ou não.
Viver um “acaso” é
muito mais simples, não é?
Quem já não usou
os termos: “Puxa que sorte, foi por acaso” ou “Estava no lugar certo na hora
certa”.
Então, voltando ao
meu domingo.
Estava eu tomando
meu cafezinho dominical no Restaurante As Mineiras (Rua França Pinto, 965) quando quando vi uma “figura” repondo
o jornal “O Vila Mariana” na gôndola.
Me chamou a
atenção porque algumas semanas atrás, no Bar Assembléia (Rua Tumiaru 98), em outro acaso, conversei com um
senhor que fazia referências ao mesmo jornal.
Corri ao encalso e
lhe perguntei: - “O que o senhor é do Jornal”. Forma estranha de se abordar uma
pessoa, não é?
Hesitante me
respondeu: - “Sou o dono!”.
- “Ah que bacana”,
exclamei. E logo fui me apresentando.
- “Eu sou Nadia
Saad, ceramista, e tenho um ateliê aqui pertinho, na Rua São Paulino, 248. Li
algumas matérias em seu jornal e gostei muito. O senhor não gostaria de
comhecer meu espaço. Sempre tenho muito a dizer”.
Imediatamente ele
me estendeu a mão e se apresentou: - “Muito prazer eu sou o Heber. Claro, ligarei
para a ‘senhora’ para agendarmos uma reunião”.
E assim nos
separamos.
O tempo passou e o
assunto sumiu de meu cérebro.
Um belo dia recebo uma ligação e logo reconheci
a voz de Heber.
Encontro marcado.
Heber chega a meu ateliê.
Na visita de meu
show-room o seu encantamento era claro. Desenvovelmos muitas idéias, propusemos
pequenos projetos. Conversamos longamente e aqui estou, escrevendo esta coluna.
Heber é um artista
e como tal investe no que acredita. Com um trabalho de “formiguinha” e com
muitas idéias criativas está fazendo seu jornal crescer. É um jornal que já
existe há 3 gerações. Foi fundado pelo seu avô.
Se eu tomar gosto
pelo ofício e o hábito persistir, passarei e ser uma colaboradora mais assídua deste
jornal.
Aí é que está a
beleza de um acaso. Está aberto um espaço onde poderei contar de outros acasos
de minha vida, sketch (veja só, já estou até
“falando” difícil) de minhas
viagens, entrevistas com “gente bacana”, reflexões...
Que liberdade, não
é.
Resolvi enviar ao
Heber algumas fotos de meus trabalhos para serem publicadas para me apresentar
melhor. Trabalhos artístico são muito reveladores. Melhor do que 1.000.000 de
palavras.
Vamos ver o que o
futuro e novos “acasos” nos preparam.